Brasil se consolida como maior mercado para vinhos chilenos em 2025

As exportações de vinho do Chile encontraram no Brasil seu principal mercado em 2025, com crescimento próximo de 10% no período entre janeiro e julho, segundo dados da associação Wines of Chile. O aumento nas vendas para os brasileiros ajudou a compensar a retração em outros destinos estratégicos, como Estados Unidos e China.

Nos EUA, que ocupam a segunda posição como compradores de vinhos chilenos em volume, as exportações caíram 13% nos primeiros sete meses do ano. O recuo está diretamente ligado às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, que elevou a taxação de 0% para 10%. De acordo com Angelica Valenzuela, diretora comercial da Wines of Chile, esse acréscimo impactou a dinâmica do setor. No início, produtores e importadores absorveram o custo extra, mas a permanência da tarifa forçou o repasse aos consumidores, resultando em um mercado menos dinâmico e em declínio.

A China, por sua vez, registrou uma queda ainda mais acentuada, de quase 23%. Nesse caso, segundo Valenzuela, o motivo não está relacionado a barreiras comerciais, mas sim a um recuo generalizado no consumo de vinho, que vem afetando exportadores de diferentes países.

No cenário oposto, o Brasil consolidou-se como o destino mais importante para o vinho chileno. Hoje, quase metade das importações brasileiras de vinho vêm do Chile. O perfil do consumidor brasileiro tem evoluído, com crescimento do público de maior renda e, em especial, da participação feminina no consumo regular da bebida, o que representa um potencial significativo de expansão para os produtores chilenos.

De modo geral, as exportações totais de vinho do Chile permaneceram estáveis em 2025, mas a diversificação de destinos e a força do mercado brasileiro têm sido fundamentais para sustentar o setor em um ano de oscilações.

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